Quando a luz se apagou foi percorrida por um arrepio de alegria. Todo medo fora junto com aquele raio irritante de uma qualquer lâmpada insignificante. Sempre odiara aquelas luzes, quase brancas, que nos encadeiam a vista e nos afastam de tudo e de todos, só conseguindo aproximar-nos de uma grande dor de cabeça.
As velas eram tão melhores. Num banho de espuma que perde a timidez ao transbordar das bordas da banheira antiga. Milhões de bolinhas de sabão infinitamente minúsculas como nós gostamos. Bolinhas que brincavam alegremente inibidas com os nossos olhares intimidantes.
Fechou os olhos. Inspirou. Mergulhou.
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