terça-feira, novembro 28, 2006



Mesmo ali à minha frente.
O tic-tac do relógio começou a descompassar.
O nome. A pele. O cheiro do adeus breve e quase invisível.
A beleza envergonhada desabrochou como o rebentar daquela onda de domingo, fresca e sem medo do infinito de areia.
A música desafinada calou-se para nós. A lua escondeu-se de todas as estrelas, numa timidez de principiante. Os pássaros terminaram os seus prelúdios e recolheram aos seus ninhos, debaixo dos beirados. Os vultos sairam de cena e escaparam-se por detrás do veludo vermelho das cortinas.
Agora, sem espectadores, o palco era todo nosso.
Sorrimos, e começámos a dançar.